Centro Cultural Habbo
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BEM ESTÁ O QUE BEM TERMINA (William Shakespeare) - Cena 6 - 11 (Fim) Empty BEM ESTÁ O QUE BEM TERMINA (William Shakespeare) - Cena 6 - 11 (Fim)

Ter Jan 21, 2020 9:59 am
Cena 6 (Fuga de Bertran, Helena e Lafeu)
Helena – Uma carta de meu marido! Oh, deixe-me ler: “Helena, fui embora. Não quero ficar contigo, sou jovem,
outras mulheres me esperam. Para não contrariar o Rei, pois é poderoso, fui me alistar em Florença. Só voltarei
para ti quando conseguires tirar o meu anel de meu dedo. PS -Ele nunca sai, não tiro nem para tomar banho”.
(Helena chora)
Lafeu – O que foi, Helena?
Helena – Teu patrão fugiu para Florença.
Lafeu – E o que queres que eu faça?
Helena – Bom, agora que eu sou tua patroa, quero que me leve ao meu castelo, digo, à presença da Condessa.
Lafeu – Está bem, senhora.
(Saem os dois).


Cena 7 (No Palácio de Roussilon, Helena e Condessa)
Condessa – Que bom que vieste, Helena. Conte-me as novas.
Helena – Salvei o Rei, casei com seu filho, mas o ingrato fugiu.
Condessa – Hã?
Helena – Isso: salvei o Rei, casei com seu filho, mas o ingrato fugiu.
Condessa – Mas, meu filho deve ser louco para não querer ficar com você.
Helena – Ele não me ama, nunca me olhou nos olhos, nunca me tratou como gente.
Condessa – Vamos rezar para São João, o Grande. Ele tudo resolve.
Helena – Espera aí, a grande igreja de São João, o Grande, não fica em Florença?
Condessa – Sim, minha filha.
Helena – Então, farei uma peregrinação até Florença. Sinto que devo fazer isso para recuperar o meu
casamento.
Condessa – Irei contigo.
Helena – Não é preciso, o problema é meu e eu resolvo.
(As duas saem conversando).
Cena 8 (Hospedagem em Florença, Viúva, Helena e Diana)
Helena – Bondosa senhora, estou vindo de longe e posso me abrigar em vossa pousada?
Viúva – Pagando bem, que mal tem. Diana, minha filha, venha me ajudar aqui.
Diana – (de trás da cortina) Já vou mãe. Deixa eu me despedir meu namorado.
Viúva – Este moço tem que vir falar comigo
Diana – Sim, mãe. Volte logo, Bebê.
Helena – Quem era?
Viúva – Um dos tantos mercenários que o Duque de Florença contratou. Dizem que é conde, mas nunca se
sabe. Falam também que é casado e que abandonou a mullher.
Diana –(entrando) Sabe, mãe, estou apaixonada por Bertran. Ele é um conde francês!
Helena – Por favor, as minhas malas estão lá fora.
Viúva – Num instante, senhora...
Helena – Helena.
Viúva – Engraçado, a moça que o conde abandonou chamava-se Helena.
Diana – Você não é ela?
Helena – Sim, sou ela mesma. Preciso de sua ajuda, mocinha.
Viúva – Não quero que minha filha entre em confusões.
Diana – Mas que homenzinho sem-vergonha! Diga o seu plano.
Helena – Amanhã à noite ele vem te ver, não?
Diana – Sim, marcamos para as sete horas.
Helena – Então eu fico no seu lugar e o resto deixe comigo. Cuide deste anel, não quero dormir com ele.
Viúva – Muito bem, senhora Helena, vamos ajudá-la.
Diana – Isso mesmo, ele merece uma lição. Agora deixe-me levá-la ao seu quarto.
(Saem conversando).

Cena 9 (No quarto, Helena está com um véu e entra Bertran).
Bertran – Que bom que sua mãe me deixou vê-la, cara Diana.
Helena – Nunca me viste da janela?
Bertran – Sim, mas era de longe...Sua voz parece mudada!
Helena – É que... estamos em casa, muda o lugar, muda a voz.
Bertran –E por que este véu?
Helena – Ora, uma moça precisa se preservar para o casamento.
Bertran – Estou louco por você. Não posso mais esperar...
Helena – Aguarda um pouco. Aquieta-te. Mas, você me ama mesmo?
Bertran – Claro. Agora, quanto mais perto chego, mais sinto te amar.
Helena – Duvido! Todos os homens são iguais.
Bertran – E o que tenho que fazer para provar o meu amor?
Helena – Deixe-me ver... me dá este anel.
Bertran – Este anel?
Helena – Sim, estás surdo? Se me amas mesmo, então me darás o anel. Se não me deres o anel, adeus
casamento.
Bertran – Está bem, toma-o como um anel de noivado.
Helena – Obrigado, querido. Agora, vai-te daqui, senão o Duque de Florença não me deixará casar contigo.
Sabes, a história de que só as moças virgens podem casar,
Bertran – Adeus, querida Diana. Espero-te amanhã para combinarmos o casamento.
(Sai Bertran e Helena sai após).

Cena 10 (Viúva e Filha)
Viúva – Filha, algo terrível aconteceu.
Diana – O que houve, mamãe?
Viúva – A nossa hóspede, a Condessa Helena... me avisaram que ela morreu.
Diana – Coitada. Mas ela te pagou, não?
Viúva – Pois é, só me deixou este anel. Veja: tem a insígnia do Rei, deve valer uma fortuna!
Diana – Se entregarmos à sua sogra, seremos bem recompensadas.
Viúva –Então, vamos até o castelo dos Roussilon.
Diana – Isto, precisamos de umas férias.
(Saem as duas).

Cena 11 (Palácio dos Roussilon, todos os personagens)
Lafeu – Condessa, o Rei está aí para falar com a senhora.
Condessa – Mande-o entrar.
Rei – Sei que é hora ruim, mas vim consolá-la.
Condessa – Consolar-me?
Rei – Sim, sua nora morreu. Já lhe mostrarei.
(Traz a Viúva e sua filha).
Rei – Aqui está o anel que dei a Helena. Ela só se livraria dele se estivesse em perigo de vida. Então, morreu!
(Todos choram. Chega Bertran).
Bertran – Helena morreu? Era uma moça tão boa. Eu a desprezei...
(Todos choram de novo. Chega Helena e todos se surpreendem).
Helena – Eu estou viva, sim.
(Todos festejam, menos Bertran)
Rei – Mas, e o seu anel?
Helena – Eu troquei por este.
Bertran – Meu anel!
Lafeu – Você prometeu ficar com Helena se ela conseguisse lhe tirar o anel.
Viúva – E tirou mesmo.
Diana – E o que vossa majestade acha disso?
Rei – Eu digo o seguinte: vocês têm que ficar juntos. É o destino.
Condessa – Enquanto os dois conversam, vamos passar lá para dentro para jantarmos.
(Helena e Bertran ficam juntos, olham-se com carinho enquanto a cortina fecha com uma música romântica).
FIM
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