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BEM ESTÁ O QUE BEM TERMINA (William Shakespeare) - Cena 1 - 5 Empty BEM ESTÁ O QUE BEM TERMINA (William Shakespeare) - Cena 1 - 5

Ter Jan 21, 2020 9:57 am
BEM ESTÁ O QUE BEM TERMINA (William Shakespeare) 


Personagens: 3 masculinos (Bertran, Lafeu, Rei da França); 4 femininos (Helena, Condessa, Viúva, Diana).
Cena 1 (No Palácio dos Roussilon, Lafeu e Bertran)


Lafeu – Meu caro Bertran, agora conde de Roussilon, parabéns!
Bertran – Obrigado pelos parabéns, mas ainda sinto a morte de meu pai, o Conde. 
Lafeu – Nem me fale, sua mãe anda triste pela casa desde a morte do marido. 
Bertran – E onde está Helena que não a conforta? 
Lafeu – Não sejas mau! Helena está sempre perto de sua mãe. Mas Helena sente a falta de seu pai, o curandeiro Gerar, e também anda triste. Este castelo está que é uma choradeira só. 
Bertran – Pois é! Mas o que trazes em sua mão? É uma carta? 
Lafeu – Ah, estava me esquecendo! É para o Condessa de Roussilon. 
Bertran – E o que está esperando que não a chamas? Deixe a carta comigo. 
Lafeu – Já voltarei, senhor. (Sai e volta com a Condessa chorando e Helena que olha apaixonadamente para Bertran).

Cena 2 (Palácio, os da cena anterior, Helena e Condessa) 

Condessa – Bertran, meu filhinho querido, o que queres de tua mãe. 
Bertran – Chegou esta carta do Rei da França. 
Condessa – Leia você, Helena, estou com os olhos cheios de lágrimas. 
Helena – Olá, Bertran, como vais? 
Bertran – Estou bem, leia! Paga-se a criadagem para ler Helena – Nossa, que bruto! Está bem. (Lê a carta e começa a chorar). Lafeu – O que diz a carta? 
Helena – Diz uma coisa terrível. O Rei quer que o conde vá a Paris para agraciar o jovem com o seu especial louvor e proteção. Lafeu – É uma ordem real. 
Condessa – (chorando) Nãooo! Primeiro meu marido, depois vai o meu filho... 
Helena – Aqui também diz que o rei está muito doente. 
Bertran – Então irei, mamãe. Lafeu, prepare os cavalos, você irá comigo. 
Helena – Também quero ir. 
Bertran – Não, você cuidará de minha mãe. Helena – Mas posso ser útil, conheço muitos remédios que meu pai usava, posso ajudar o Rei. 
Bertran – Cala-te, mulher. Adeus, mamãe. 
Condessa – Adeus, meu filho, use agasalhos e não esqueça a espada de seu pai. Sinto partir mais um. O caminho até Paris é minado de assaltantes. Prometa que irá cuidar de meu filho, Lafeu. 
Lafeu – Sim, senhora. 
(Todos choram na despedida. Saem Lafeu e Bertran).


Cena 3 (Condessa e Helena) 
Condessa – Por que choras, Helena? 
Helena – É por meu pai. 
Condessa – Tens certeza? 
Helena – Na verdade, devo confessar uma coisa a Condessa. Estou... apaixonada por Bertran. 
Condessa – Sabes que és apenas uma serva neste palácio. 
Helena – Sei disso. Mas o amo tanto que irei atrás dele. 
Condessa – Puxa vida! Teu amor é grande. Mas deves achar uma desculpa para segui-lo. 
Helena – Não tenho uma desculpa, tenho uma missão. 
Condessa – Perseguir o meu filho? 
Helena – Não, salvar o Rei. 
Condessa – Mas como farás isso? 
Helena – O livro de receitas de meu pai. Posso achar a cura do Rei.
Condessa – Acho que podes conseguir as duas coisas, venha comigo. 
Helena – Diga o seu plano, 
Condessa. (As duas saem conversando).




Cena 4 (Palácio de Paris, Rei, Lafeu e Bertran, depois Helena)
Rei – Lafeu, que bom que trouxeste Bertran.
Lafeu – Vossa majestade está se sentindo mal.
Rei – Esta dor de barriga está a me matar.
Bertran – Estou feliz em estar em vossa presença.
Rei – Eu o agracio com minhas honras, estas medalhas e agora... com licença. (sai).
Lafeu – Coitado, as tripas reais devem estar se retorcendo.
Bertran – Nenhum médico conseguiu curá-lo?
Lafeu – Dizem que já tomou de tudo.
Rei – (voltando com Helena) Desculpem, senhores, mas quero saber se conhecem esta moça?
Lafeu – Pois conhecemos, é Helena, criada do palácio do Conde.
Bertran – É filha do famoso curandeiro Gerar, que, como meu pai, morreu há pouco.
(Todos choram, o rei de dor de barriga).
Helena – Estou aqui senhor para curá-lo e sei como. Mas tenho um preço.
Lafeu – Que afronta! Vendo o Rei com tanta dor, ousa fazer uma proposta?
Helena – Sim. Se salvar vossa majestade deste mal, quero escolher um homem da corte para ser meu marido.
Rei – Está bem, cara Helena. Mas se não me salvar em dois dias, serás morta por fazeres uma proposta ao rei e
tudo deve ser pago na mesma moeda.
Bertran – Boa, rei!
Lafeu – Então, dentro de dois dias saberemos sobre o futuro de Helena. Será que conseguirá salvar o rei ou vai...
(música de suspense, luz apaga e reaparecem todos no mesmo lugar que estavam, como que congelados).


Cena 5 (Mesmos da cena anterior, cura do Rei)
Helena – Então, vossa majestade ainda sente dores?
Rei – Incrível, seu remédio me curou!
Lafeu – Isto é um milagre!
Bertran – Te salvaste por pouco. Agora resta saber quem você escolhe para marido.
Helena – Bertran é o meu escolhido, sempre te amei, mas nunca pude declarar o meu amor.
Bertran – O quê?!!!?
Rei – Ousas desobedecer a um mandato real?
Bertran – Alegro-me que vossa majestade está bem de saúde, mas...
Rei – Nem mais, nem meio mais. Estão casados. É um decreto real. Helena, toma este anel, não deves te
desfazer dele a não ser que estejas em perigo. Com licença que preciso providenciar um grande banquete,
venha comigo Lafeu.
(Saem os dois).
Bertran – E agora? O que faço da minha vida? Sou tão moço e nem posso escolher com quem casar...
Helena – Sou tua serva, vem cá, querido.
(Saem de cena meio que discutindo).
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